Tocadas – Praça do Abaeté – 06/01/09
Perrengue!!!
A tocada do dia anterior foi abortada por total falta de condições do som. Nesse dia, o excelente Godo fez o que pôde para botar o sistema funcionando.
A praça do Abaeté não estava muito cheia na primeira terça-feira do ano, mas nós nem ligamos: era maior o tesão de estar de volta àquele local sagrado, frequentado por devas, fadas, elfos, orixás e espíritos genéricos do bem.
Tocamos por duas horas, em uma gostosa interação com o público presente, até que o som finalmente entregou os pontos. Foi bom enquanto durou. Triste foi ver, na saída, um rapaz todo arrebentado pela pancada dos bandidos, fumadores de pedra que infestam as dunas. Ao ver o homem sangrando e sofrendo meu coração doeu de amargura. Senti dó de mim, dó de ti, dó do Abaeté.
Segundo informação trazida por João Ninguém, em dez anos a lagoa estará rasa e seca, palco propício para um novo empreendimento imobiliário, talvez. Ao ver o rapaz sangrando pensei nisso, pensei em tudo, pensei na dor do mundo. Nasceu ali o desejo de cantar uma prece para salvar o Abaeté, assim como Gil e Jorge Benjor cantaram pela salvação dos Filhos de Gandhi. Já nasceram os primeiros versos:
Ó devas do Abaeté
Vim aqui pedir com fé
Que a lagoa escura dure
Na areia branca e pura
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