Tocadas – Casa da Música – 27/04/09
A Casa da Música é um espaço único. Tem uma energia que só quem já foi lá sabe dizer. Talvez sejam as emanações da Fobica em permanente exposição: “Aqui nasceu o carnaval da Bahia”...
E quando tem sarau, então! É realizado a cada duas semanas, sempre às segundas, com entrada franca (doações de livros e alimentos são bem vindas). Ir lá só para assistir já é um deleite e tanto. Agora, tocar no Sarau de Itapuã, meus camaradas! Energia pura!
Esse sarau comemorava o aniversário da querida Tina Ribeiro. Os convidados foram muitos e maravilhosos. Lu Santana e sua inigualável voz do Brooklyn, acompanhada do violão traquina de Roberto, inauguraram a festa.
E foi chegando e saindo tanta gente boa, em um delicioso revezamento musical e poético, que seria impossível citar todos de cabeça. Amadeu, infatigável, era o perfeito mestre de cerimônias.
E finalmente chegou o momento que eu tanto esperava, mais até que a nossa própria tocada: a oportunidade de mais uma vez ouvir Raimundo Sodré ao vivo. A primeira vez foi ali mesmo, na Casa da Música, experiência intensa e quase religiosa, que só foi superada por essa segunda!
Sodré canta com uma alegria que vem da alma, que contagia, que inebria. Logo ele botava a mulherada toda pra sambar, que energia indescritível! Não me envergonho em confessar que meus olhos ficaram úmidos de emoção diante de tanta beleza. Quando Sodré atacou seu hit maior, “A Massa”, a casa simplesmente veio abaixo. Até os anjos no céu devem ter escutado.
Fomos chamados para tocar logo em seguida. Mas não antes que eu tivesse a chance de apertar a mão do mestre e ainda ser reconhecido como o “amigo orkutiano”. Que alegria! Só quem é fã pode imaginar como eu me senti.
Mas a noite ainda guardava uma maravilhosa surpresa. Como nós iríamos fazer apenas uma participação, não levamos nossos equipamentos e decidimos as músicas literalmente já diante da plateia. Vinicius pegou o violão de Amadeu emprestado, e Fabrício tocou na estilosa mini-viola de Lu Santana. Precisávamos de um baterista para nos acompanhar na tocada. E logo se prontificava o aguerrido Toinho Gomes, o irmão de Pepeu, simplesmente o cara que pilotou as baquetas dos Novos Baianos!!! Só quem é fã pode imaginar como nos sentimos.
Após uma rápida combinação com o batera, atacamos de Jovem Guarda, para manter o pique no alto: “Quando” e “O Bom”. Fomos recebidos com o gratificante carinho de sempre. Como não faltou o pedido: “Toca Raul!”, atendemos com “Trem das Sete”, lindamente cantada em coro pela plateia.
Mais uma noite inesquecível na Casa da Música!
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